Olá, caro visitante, este post fala um pouco sobre o debate que envolve os mitos do RWD. Alguns desenvolvedores ignoram esse tipo de informação, assim como eu ignorava, e por isso, estou compartilhando dessas informações com você. Então, pegue o seu café e vamos ver quais são estes mitos?

Mito 1

Usuários utilizam dispositivos móveis apenas na rua (e a conexão é sempre lenta).

Entre todos os meus gadgets, o meu tablet é o favorito. Ele fica sempre por perto e nunca desliga. Se eu preciso de uma informação, é só estender o braço e ler. Muito mais rápido e prático do que andar até o escritório, ligar o computador, esperar o navegador abrir e realizar uma busca. Ou seja, o tablet é o meu dispositivo de navegação primária quando estou em casa. Mas não estou baseando esta informação apenas na forma como eu pessoalmente uso a internet. Acreditar que um usuário de dispositivo móvel necessariamente tem uma conexão de internet pior, está com pressa ou só acesa a internet através do aparelho da rua é um erro. Pesquisas realizados pelo Google aqui mesmo no Brasil em 2013 mostram que a maior parte dos usuários utiliza internet em aparelhos móveis prioritariamente em casa (96% dos entrevistados) ou no trabalho (87%), e só 78% das pessoas utilizam o aparelho na rua.

Mito 2

Usuários de dispositivos móveis não precisam do conteúdo total.

Imagine que a sua pizzaria favorita abriu um serviço de delivery. Mas, ao olhar no menu, você percebe que eles só têm disponível para entregar as pizzas de muçarela e calabresa. Você já visitou o restaurante e sabe que eles oferecem dezenas de outros sabores para os clientes presenciais. Mas, por algum motivo, eles acham que quem pede pizza por delivery não está interessado no cardápio completo. É provável que você fique bravo com o estabelecimento e prefira pedir comida em outro lugar. A mesma coisa acontece com os usuários de dispositivos móveis. Na verdade, 32% dos usuários preferem ver a versão do desktop a ver a versão móvel. Isso acontece pois, muitas vezes, a versão mobile possui menos conteúdo que a versão desktop. Não é porque alguém tem uma tela menos que ele deve ser sentenciado a ver menos informações. É o design que deve ser modificado para criar a melhor experiência, não o conteúdo.

Mito 3

Usuários de dispositivos móveis preferem uma experiência mais simples.

Alguns desenvolvedores pensam que quem acessa um site via smartphone quer ver uma versão lite, como se complexidade fosse necessariamente uma coisa ruim. Não é porque você está em um dispositivo móvel que você quer ter uma experiência menor ou menos complexa do que em um computador de mesa. Isso não significa que você deva mostrar todas as informações espremidas na mesma tela. Complexidade é diferente de complicação. Usuários de dispositivos móveis farão tudo que os usuários de desktop podem desde que o conteúdo seja apresentado com usabilidade. Limitar as interações é o mesmo que decidir pelos usuários o que eles podem ou não fazer em seus próprios aparelhos. Liberdade de escolha é fundamental.

E por último e não menos importante.

Mito 4

Existe uma “Internet móvel”

Quem nunca se irritou ao encontrar um link interessante em um mecanismo de busca apenas para ser redirecionado para a página inicial da versão mobile? Isso acontece porque alguns desenvolvedores tratam as experiências de navegação em diferentes aparelhos como mundos separados, como se existissem duas webs – uma “normal” e uma “móvel”. Esta visão pode quebrar um galho na hora de criar um modelinho de desenvolvimento, mas na real ela é muito rasa. A internet é uma só. Criar divisões artificiais de acordo com o formato do dispositivo só segrega o conteúdo e, consequentemente, os usuários. Não faz diferença se você é do time de versões mobile ou do design responsivo, o que importa é centralizar a navegação em um único endereço que possa idealmente ser sincronizado de acordo com o dispositivo. Utilizar uma mesma URL para o conteúdo desktop e mobile não é apenas uma boa prática recomendada pelo Google, é uma questão de bom senso!

Atualização de dados

Segundo uma publicação feita em 2016 pelo site EBC Agência Brasil, os celulares estão cada vez mais tomando conta da internet no Brasil. A pesquisa realizada mostra:

A pesquisa mostra também que o telefone celular é o dispositivo utilizado para o acesso individual da internet pela maioria dos usuários: 89%, seguido pelo computador de mesa (40%), computador portátil ou notebook (39%), tablet (19%), televisão (13%), e videogame (8%). De acordo com o levantamento, 56% da população brasileira usaram a internet no telefone celular nos três meses antes da pesquisa. A proporção era de 47% em 2014, e de 31% em 2013. O tipo de conexão mais utilizada nos celulares passou a ser o wifi, com 87% dos usuários, seguido pelo 3G ou 4G (72%). Em 2014, o wifi correspondia a 74% e o 3G ou 4G a 82%.

Link para post completo > Publicação da EBC

Conclusão

Como a Dani apresenta no livro, querer separar a internet em dois blocos só tende a complicar as coisas. Não precisamos criar essa divisão, quando na verdade as duas caminham lado a lado. Vamos facilitar, e como ela bem diz:

Com todos estes caminhos a explorar, por que se contentar com “menos é mais”?. Às vezes, menos pode ser menos. Deixe seu usuário decidir – Não tente adivinhar o que usuários querem ou impor qual é o “jeito certo” de interagir em uma aplicação.

Os trechos acima foram retirados do livro Web Design Responsivo, livro que por sinal vale a leitura. Quaisquer dúvidas e/ou interesse para adquirir um exemplar, você encontra no link abaixo.

Link para obter o livro - http://livrosdomaujor.com.br/rwd/